VAI
UM CAFEZINHO? AÇÚCAR OU ADOÇANTE?
Quem viver, verá! Vivi e vi.
Um cafezinho, às nove e meia da manhã, oferecido por uma simpática
mocinha. Isso, na sala de atendimento
aos idosos do DETRAN, ali na Presidente Vargas.
Tive outra surpresa igualmente agradável semana passada, no mesmo órgão,
só que na Rua da Ajuda.
Não sou a única a ter queixas
quanto ao atendimento nos órgãos públicos. Somos muito mais que a galera do
Flamengo junto com a do Coríntians.
Minha experiência como cidadã, em geral, foi mais para o desfavorável –em
cerca de oitenta por centos das vezes, fiquei insatisfeita.
Para o atendimento na Rua da
Ajuda, estava agendada para nove e trinta, mas cheguei dez minutos antes. Fiquei
assustada com as centenas de pessoas
ocupando aquela infinidade de cadeiras, cores variadas marcando os não sei
quantos guichês, enfim, um ambiente que justificaria um tempo enorme de
espera. Incrédula, percebi que foi o
tempo de pegar a senha e, correndo, ir para o guichê que o sistema já indicava
para meu número! Apresentei os documentos que haviam exigido e, em exatos 6
minutos, saí de lá com o certificado de registro e licenciamento do carro para
esse ano de 2012. Antes das nove e trinta,
tinha resolvido tudo. Não deve ser
sempre assim, mas tampouco devem ser horas de espera, como antigamente.
No dia do tal cafezinho,
cheguei 20 minutos antes, isso na Presidente Vargas, para tirar a permissão
internacional para dirigir. Fui atendida
exatamente às 10 horas... o horário agendado.
A atendente resolveu o problema que eu mesma criara, ao pedir a tal
permissão internacional antes de renovar a carteira de motorista comum, que
preciso para dirigir no Brasil. Sorrindo,
mudou o pedido. Para enfrentar o
trânsito do mundo, resolvo depois. Na espera pelo atendimento,
foi oferecida um café. Não curti a
gentileza apenas por não gostar dessa bebida, mas achei a iniciativa ótima.
No ano passado, no Dia do Idoso,
em setembro, foi oferecido um lanche mais ou menos na hora almoço e, à tarde, o
coral do órgão se apresentou para alegrar a turma de velhinhos. Isso não teria qualquer valor se não
tivéssemos o atendimento propriamente dito de boa qualidade. O melhor de tudo é
que se tem. Os serviços na Rua da Ajuda,
que são dirigidos a todos os cidadãos, também foi nota mil. Ou já se foi o tempo que nos desesperávamos
para resolver os problemas junto ao DETRAN, ou foi apenas muita sorte!
Não deveria estar aqui elogiando
o que deveria ser o procedimento usual, como também não devemos chamar de
honesto quem devolve o que acha por aí.
Isso é o que deve ser feito naturalmente, sem aplausos, sem destaque. Mas é natural, também, quando se vive na
extrema falta, querer exaltar essas diferenças.
Vi uma luz no fim do túnel e
tive uma ideia. Quem tal elogiarmos
bastante, tornando público esse “modus operandi”, fazendo com que outros órgãos
sintam-se atingidos em seus brios e tomem vergonha? Bem, mesmo sem ter provado o que era servido,
adorei o cafezinho do DETRAN, e para ele levanto um brinde!